sexta-feira, 28 de junho de 2024

Ossuário de Douamont - França

 Estou contente por ter este postal de um local UNESCO que ainda me faltava, mas preferia não o ter. Se não tivesse havido a Primeira Guerra Mundial, se não tivesse havido a batalha de Verdum, este lugar não teria razão para existir. Todos sabemos o que aconteceu e este ossuário é apenas um dos 139 locais funerários e memoriais, 43 na Bélgica e 96 em França, classificados como Património Mundial no ano passado.  
Já agora, a título de curiosidade, existe um cemitério Português também classificado, Cemitério Militar Português em Richebourg, Pas-de-Calais.  Nesse cemitério estão 1.831 vítimas do Corpo Expedicionário Português na Primeira Guerra Mundial, a maior parte delas foram mortas na Batalha do Lys, em abril de 1918. 
 
Falemos então do Ossuário de Douaumont. Este é um monumento que presta homenagem a todos os soldados não identificados encontrados no campo de batalha de Verdun. Todas as nacionalidades e todas as divisões estão aí reunidas sem distinção. O monumento é um verdadeiro símbolo de paz e reconciliação.
 
Chiché - Sylver Soles
No final de 1918, milhares de corpos foram descobertos em Verdun. Charles Ginisty, bispo de Verdun, decidiu reunir os ossos dos soldados não identificados num local de memória. Como resultado, o edifício foi inaugurado em 1932. Assim, 130 mil soldados de todas as classes sociais estão enterrados no ossuário. Além disso, 15 mil soldados franceses foram sepultados nas campas em frente ao monumento.   
Hoje, no interior do santuário, quase 4.000 gravuras com nomes de soldados que morreram em Verdun cobrem as paredes. Do alto do monumento, ao anoitecer, uma luz visível a 40 km de distância vigia os milhares de soldados que não foram encontrados no campo de batalha.

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