sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Chefchaouen - Marrocos

Apetece-me ir a Marrocos. Apetece-me conhecer as cidade Património Mundial e também esta cidadezinha azul. Depois de ver algumas fotos de lá, é impossível não querer ir visitá-la. A Celina diz que vale a pena e a julgar pelo que acabei de ver, acredito que sim. 
Tal como Tétouan, esta cidade também se situa no norte do país. 

Localizada nos contrafortes das montanhas do Rife, a cidade de Chefchaouen (ou Chaouen) possui paisagens maravilhosas e uma arquitectura bem diferente de tudo que você já viu. As suas ruazinhas e vielas pintadas de azul, chamam atenção dos turistas e fazem com que a cidade seja uma das mais visitadas de todo o país.

VISIUM societé d'imagerie
Fundada em 1471 pelo povo berbere para barrar a expansão dos portugueses no continente africano, a cidade virou refúgio para judeus, que começaram a abrigar-se nas terras em 1930. 
Há quem diga que as fachadas das casas são azuis para espantar os mosquitos. Mas a história verdadeira é outra. Os judeus começaram a pintar as casas para preservar uma antiga tradição, acontece que os corantes azuis, derivados de caracóis e mariscos, tingiam as vestes dos reis do Antigo Testamento. Logo, a cor azul tornou-se uma referência sagrada para a cultura religiosa.
Hoje, a população judaica de Chefchoauen não é tão numerosa como antigamente. Mas ainda assim, a cidade moderna preserva os atributos da antiga: praticamente todos na cidade ainda seguem essa tradição e, frequentemente, renovam a pintura de suas casas. - in: http://www.guiaviajarmelhor.com/chefchaouen-a-cidade-azul-em-marrocos/

Tétouan - Marrocos

Tétouan era o único local UNESCO de Marrocos que me faltava. Pude finalmente tirá-lo da minha lista graças a este postal enviado pela Paula.
Esta cidade situa-se no norte de Marrocos e a sua medina ou almedina, nome dado à parte histórica de diversas cidades do noroeste de África, está classificada como Património Mundial desde 1997. 

A medina de Tétouan é muito característica e tradicional. As casas são quase todas brancas e baixas. Nesta zona histórica da cidade existem vários artesãos, como tecelões, joalheiros, peleiros, etc e também muitos vendedores de rua..
Tétouan teve muita importância no período islâmico, pois serviu como principal ponto de contacto entre Marrocos e a Andaluzia. Depois da Reconquista, a cidade foi reconstruída por muçulmanos andaluzes que haviam sido expulsos pelos espanhóis. Isto é bem demonstrado pela sua arquitectura, que revela influência andaluza. 
Embora seja uma das medinas mais pequenas marroquinas, Tétouan é a mais completa e a que sofreu menos influências externas. 

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Casas Uma Lulik - Timor

Hoje trago uma novidade a este blog. Nunca tinha colocado postais de Timor e hoje, pela primeira vez, tenho um para mostrar. 
Estas estranhas mas bonitas casas são chamadas de Uma Lulik e são casas sagradas. Estas encontram-se em Bauru. 

Photo 2010 © Karel Hrdina
As Uma lulik são feitas com materiais naturais como madeira, bambu e corda feita de uma palmeira nativa chamada Arenga pinnata. Para além de ser uma construção, o conceito de uma lulik inclui também rituais, cerimónias e crenças - estas foram as casas onde os vivos podem se comunicar com seus antepassados. A palavra em si, Lulik, refere-se ao cosmos espiritual, raiz da vida e regras sagradas que ditam as relações entre as pessoas e a natureza.
Estas casas foram construídas por arquitectos tradicionais, que possuíam o conhecimento de rituais que deveriam ser realizados durante a sua construção. Eles sabiam que os detalhes dos materiais de construção - que plantas deviam ser usadas para o telhado da casa, o que a madeira a ser usado para fazer os postes e tábuass, o que usar para unir as partes juntas. Todos os materiais deviam ser naturais, a fim de unir a casa com as forças intangíveis da natureza.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Património Arqueológico do Vale de Lenggong - Malásia

Nada deixa um coleccionador de postais UNESCO do que ter finalmente postais de todos os locais UNESCO de um determinado país. Graças à Erica, a Malásia não não tem qualquer local na minha lista de faltas. O Património Arqueológico do Vale de Lenggong está classificado como Património Mundial desde 2012. 

Photos by Dr. Lim Shou Zhi
Situado no Vale do Lenggong, este local inclui quatro sítios arqueológicos, agrupados em dois grupos que abrangem perto de 2 milhões de anos, um dos registos mais longos do homem primitivo numa única localidade, e o mais antigo fora do continente Africano. 
A cavernas paleolíticas a céu aberto contêm vestígios de tecnologia primitiva.
O número de sítios encontrados numa área relativamente pequena, sugere a presença de uma população bastante numerosa e semi-sedentária durante o Paleolítico, Neolítico e Idade dos Metais.

CN-1858289

Este mês está fraquinho em actualizações mas não é por falta de postais. A caixa de correio já teve dias melhores mas os postais lá vão chegando.
Este chegou há alguns dias vindo da China.

CN-1858289, enviado pelo Leu.
O Mausoléu de Taihao é o túmulo de Fuxi, um lendário imperador chinês. Situa-se em Huaiyang na província de Henan. 

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Montanhas Huangshan - China

As Montanhas Huangshan também estão na lista do Património Mundial, desde 1990. Nos últimos 8 anos recebi estes postais de lá. Foram enviados pela Lucy, Qusia, Carol, Abay e Lior. 

As Montanhas Huangshan são uma cordilheira no sul da província de Anhui, na China. A área é famosa pela sua beleza, que está nas formas peculiares dos seus picos de granito, nos Pinheiros de Huangshan, e nas nuvens que rodeiam os picos. A região tem também fontes de águas termais e piscinas naturais. As montanhas de Huangshan são um motivo tradicional na pintura e da literatura chinesa. 
São um dos mais populares destinos turísticos na China.

Desde a dinastia Qin, Huangshan foi conhecida como Yishan. Obteve o nome actual em 747, quando o poeta Li Bai lhe chamou assim nos seus escritos.

CN-1715633, enviado pela Carol. 
As montanhas foram formadas no Mesozóico, há cerca de 100 milhões de anos. No Quaternário a montanha sofreu a influência dos glaciares.
A cordilheira de Huangshan tem vários picos, 77 dos quais excedem os 1000 metros de altura. O pico mais alto é o Pico do Lótus (1864 m).

CN-881756, enviado por Abay
A cordilheira de Huangshan tem vários picos, 77 dos quais excedem os 1000 metros de altura. O pico mais alto é o Pico do Lótus (1864 m).
No postal está um dos seus 3 maiores picos, o Pico Capital Celestial, com 1830 metros de altura.
Capital Celestial quer dizer "a capital dos imortais e a cidade do céu".


CN - 44139, enviado por lior.
Este é o pico mais íngreme mas não o mais alto. Em 1937 foi construído um caminho para chegar ao topo com 1564 degraus, 194 corrimãos e 600 metros de correntes de ferro para garantir a segurança dos turistas.  

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Parque Nacional de Manas - Índia

A Índia tem 32 locais inscritos na lista do Património Mundial, com este postal do Parque Nacional de Manas enviado pelo K. R. Bhat, já tenho postais de todos. Não foi fácil mas o objectivo foi atingido.
Este macaquito é um langur dourado, uma das espécies endémicas raras e ameaçadas que vivem no parque. O langur dourado é uma das espécies de primatas mais ameaçadas na Índia. Considerado há muito sagrado pelos povos dos Himalaias, o langur dourado foi dado a conhecer ao mundo na década de 50 pelo naturalista E. P. Gee.

Photo: Yathin
Parque Nacional de Manas, localizado no nordeste do estado de Assam, abrange uma área de 50.000 hectares nas planícies do rio Mana, no sopé dos Himalaias. É um Parque Nacional, Património Mundial Natural da UNESCO, uma reserva de tigres, uma reserva de elefantes e Reserva da Biosfera.
Além do langur dourado, o parque é também o lar de uma grande variedade de vida selvagem, incluindo muitas espécies ameaçadas de extinção, como o tigre, porco pigmeu, rinoceronte indiano, elefante indiano,  tartaruga de Assam, coelho-asiático, leopardo nebuloso, preguiça, abetarda de Bengala e búfalo de água selvagem. 

Forte de Bahla - Omã

Já disse várias vezes que está cada vez mais difícil arranjar postais dos locais UNESCO que me faltam mas de vez em quando lá vou conseguindo mais um ou outro. Nos últimos dias chegaram alguns.
Este chegou há algumas semanas e apesar do selo de Omã, foi na realidade enviado da Itália pela Cristina. Mostra o Forte de Bahla. Foi construído nos séculos XIV e XV quando o oásis de Bahla estava sob o controlo da tribo Banu Nebhan. 

As paredes de adobe e as suas tores estão 50 metros acima das suas fundações de arenito.
Até 1987 o forte não sofreu qualquer trabalho de restauro ou conservação, encontrava-se bastante degradado, sofrendo bastante a cada estação das chuvas. Nesse ano tornou-se um Património Mundial da UNESCO e no ano seguinte foi incluído na Lista do Património Mundial em Perigo. As obras de restauro começaram na década de 1990. Depois de vários milhões gastos e ter estado coberto por andaimes e fechado ao público durante vários anos, em 2004 foi finalmente removido da lista de sítios em perigo.