sexta-feira, 26 de abril de 2024

Encontro das Águas - Brasil

À primeira vista este postal até parece de uma pintura mas não, retrata o Encontro das Águas, um fenómeno que ocorre na confluência entre as águas escuras do Rio Negro e as águas barentas do Rio Solimões, nome frequentemente dado ao trecho superior do rio Amazonas no Brasil, desde sua confluência com o rio Negro até a tríplice fronteira do Brasil com o Peru e a Colômbia. 
Durante 6 km as águas dos dois rios correm lado a lado sem se misturar. Este é um dos principais atrativos e uma das vistas mais espetaculares da cidade de Manaus, onde a beleza e majestade da natureza amazónica é objeto de admiração.  
Não são só as águas se encontram em Manaus, alguns postcrossers também se encontraram lá no mês passado. A Luzia enviou-me este postal assinado por outros dois postcrossers.
 
Foto: Herivelto Costa
Este fenómeno proporciona uma experiência inesquecível. Ocorre devido às diferentes temperaturas, densidades e correntes dos rios: o Rio Negro corre cerca de 2 km/h e tem uma temperatura de 22 °C, enquanto o Rio Solimões corre de 4 a 6 km/h com temperatura de 28 °C. A água de cor clara é rica em sedimentos da Cordilheira dos Andes, enquanto a água negra, que corre das colinas colombianas e das selvas do interior, é quase isenta de sedimentos e colorida por folhas e matéria vegetal em decomposição.   
Viajar até ao Encontro das Águas num pequeno barco é uma experiência única, as pessoas podem colocar as mãos na água e sentir a mudança de temperatura dos dois rios.

Maciço Ennedi - Chade

 Novo país, novo local UNESCO!!!  
Às vezes passam-se meses sem receber postais de novos locais UNESCO, mas nestas últimas semanas recebi alguns e de alguns locais únicos. Este não é apenas o meu primeiro postal UNESCO do Chade, mas é também o meu primeiro postal deste país africano. Embora a Svenja o tenha enviado da Alemanha, acho que é uma excelente adição para a minha colecção.  
 
O Maciço Ennedi, inscrito pela UNESCO em 2016, está localizado no leste do Saara, a nordeste do Chade, e é uma das seis cadeias de montanhas do Saara.
 
Look/Robertharding
O Maciço Ennedi surgiu pela primeira vez na era Paleozóica, aproximadamente 500-350 milhões de anos atrás. Fazia parte de um dos oceanos primordiais que cobria a maior parte do Saara. O oceano secou. O que ficou para trás foram formações de arenito que desde então foram esculpidas e remodeladas pela água, vento e areia. Hoje, o planalto de arenito consiste em um labirinto rochoso, formações rochosas bizarras e desfiladeiros e vales de até 200 metros de profundidade, por onde ainda correm rios e riachos estreitos.   
O Saara já foi verde e cheio de vida. Há cerca de 10 mil anos, fortes chuvas de monções transformaram-no numa savana fértil. Chegou até o Nilo. Aqui viviam animais selvagens e pessoas que atravessavam a savana se instalavam aqui e ali. Répteis e peixes habitavam lagos e pântanos.
As alterações climáticas levaram ao desaparecimento das chuvas do Saara – e com elas a vida. A vida só era possível junto aos rios, nos vales rochosos das montanhas Ennedi. Pessoas, animais e plantas encontraram refúgio aqui, com a sua água vital - protegida durante milhares de anos do mundo exterior. No decurso da formação do Ennedi, o vento, a areia e a água escavaram parcialmente algumas das rochas, formando saliências muito grandes. Nos tempos pré-históricos, as pessoas usavam esses nichos semelhantes a cavernas como espaço vital. Eles acrescentaram cenas de suas vidas nas paredes. As cenas retratam histórias de uma cultura antiga. Mostram, à sua maneira, as alterações climáticas e os efeitos que estas tiveram nas condições de vida. Os petróglifos mostram pessoas dançando, vacas com seus pastores e caçadores com seus cavalos ou camelos, bem como dezenas de animais selvagens - por exemplo, girafas, rinocerontes ou elefantes.

quinta-feira, 18 de abril de 2024

Vale do Rio Markha - Índia

 O Sachin e eu partilhamos o gosto pelas caminhadas e de vez em quando envia-me postais de alguns locais por onde andou. O Vale do Rio Markha  é um dos trilhos maos bonitos e populares de Ladakh, no norte da Índia.  
Nestas últimas semanas tenho caminhado mais do que o habitual e tenho mais alguns trilhos na minha lista para as próximas semanas.
 
Situado no deserto árido e frio de Ladakh, Markha é um vale fluvial no Parque Nacional Hemis. 
O vale é conhecido pelas suas vistas panorâmicas, pelos seus mosteiros budistas tibetanos e aldeias remotas. Este trilho tornou-se muito procurado por entusiastas das caminhados devido à sua fácil acessibilidade, não é difícil de navegar e é uma das poucas caminhadas de vários dias na região que pode ser feita de forma independente, hospedando-se em casas de família.

sexta-feira, 12 de abril de 2024

Pyhätunturi - Finlândia

 Em fevereiro a minha miga Anne foi mais uma vez à Lapónia mas desta vez a viagem não lhe correu muito bem. Demasiadas nuvens para poder ver a aurora boreal, demasiado calor para haver neve assim como no postal e como se já não bastasse, ainda apanhou uma gripe!!
 
Foto: Sampsa Sulonen
Pyhätunturi situa-se no leste da Lapónia, no norte da Finlândia, bem no meio da natureza pura e intocada. Faz parte do Parque Nacional Pyhä-Luosto. 
Pyhätunturi é, na verdade, um centro de esqui onde finlandeses e estrangeiros vêm passar férias de esqui. Como acontece com a maioria dos destinos na Lapónia, o esqui alpino é a principal atividade em Pyhä.